sábado, 23 de março de 2013

A Convenção Batista Brasileira é fundamentalista?

Por Mark Ellis

Tenho conversado com vários alunos que estão confusos sobre as várias linhas da teologia, alguns dos quais acham que as únicas alternativas são a teologia da libertação e a do fundamentalismo. Eles não têm a menor ideia da diferença entre fundamentalismo e evangelicalismo. Eles parecem pensar que qualquer um que mantém a fé apostólica, protestante e evangélica, é um "fundamentalista". Aqui está um texto que pode ajudar a esclarecer a confusão.

O fundamentalismo era de fato sobre teologia, mas o que faz alguém um "fundamentalista" não é a sua teologia, mas a maneira como se defende a teologia. George Marsden, professor não evangélico de História da Igreja na Universidade de Yale, identificou duas marcas do fundamentalismo: 1) militância - hostilidade manifesta contra aqueles que não compartilham de suas crenças, e 2) separação - a falta de vontade de trabalhar com aqueles que não compartilham de suas perspectivas. Abaixo um site de fundamentalistas batistas que corajosamente declaram que este é o seu distintivo primário.



São essas duas características, militância e separação, que nos permite falar de "fundamentalistas muçulmanos" e, até mesmo, "fundamentalistas liberais". O pequeno relacionamento que eles têm com o cristianismo converge em seu ódio mútuo e de rejeição pelos cristãos. Eles são agressivos na sua vontade de promover as suas ideias, e querem excluir de suas esferas de influência todos que não concordam com eles. De muitas maneiras, a palavra "fundamentalista" tornou-se um palavrão que os apóstatas usam contra a verdadeira fé cristã, contra os próprios evangélicos, como uma forma de tentar disfarçar sua apostasia.

Ao contrário do que dizem, a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira é evangélica e não fundamentalista como descrito supra. Ela é uma excelente e admirável exposição de nossa fé, escrita com impressionante erudição e discrição. Onde os batistas brasileiros estão de acordo e, de fato concordam com a fé histórica do Cristianismo, é claríssima como a luz do sol. E onde há diferenças, ambas as partes podem lê-la e descordar. É este espírito de concordar com os claros ensinamentos da Palavra de Deus e a possibilidade de concordar ou discordar sobre assuntos secundários que torna o movimento batista tão bonito. Assim, a Declaração Doutrinária da CBB não é um instrumento de divisão e militância, mas a expressão alegre da fé que reúne os evangélicos batistas.

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